para johnjohn (in memorian)
foi-se o voo amigo
o acolher de almas
nos desertos que atravessava
foi-se a asa do recomeço
o fino trato do silêncio
o dizer das coisas simples
foi-se o ombro a esplanada
o filho da madrugada
que espantou a solidão
foi-se no passo confuso
partindo todo o sentido
num gesto involuntário
foi-se a tatear a eternidade
sem parar e mais alto
enquanto o vento soletra
o nome imponderável da saudade
© Clivânia Teixeira
Belíssimo Poema!
ResponderExcluirGostei de estar aqui, voltarei para ler mais. Abs, nanamerij