23 de janeiro de 2010

a paz da noite

fogem-me do papel as palavras
voam as intenções mudas
navego para o recanto
onde a paz é notívaga
pouso-me suspensa
no sonho de penumbra
entre seres inanimados
e olhares alados sorrio
deslizo suave entre os abraços
das mãos que me percebem inteira
e adormeço na intimidade dos gestos
que acalentam o corpo da alma
nas noites que deveriam
ser para dormir e não são

© Clivânia Teixeira

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