25 de março de 2012

Diferente ou Indiferente, eis a questão?




Se não sigo a mesmice de alguns é por encontrar algo melhor pelas estradas da vida, caminhos que percorro na penumbra do íntimo a maior parte em silêncio e de mãos dadas com àqueles que de fato são aliados do meu pensar, do meu sentir, do meu ser por vezes diferente, ou indiferente. Eis a questão.

22 de março de 2012

Especiais aos Especiais

O que faz os seres humanos especiais uns aos outros é a capacidade que possuem de despertarem-se mutuamente acendendo as emoções da alma, não importa a hora!

11 de março de 2012

Talvez

Letra/poema maravilhoso de Vasco Graça Moura, musicado pelo guitarrista Mário Pacheco, e na esquina deste encontro nasce esta linda interpretação na voz de Carminho...



Talvez digas um dia o que me queres,
Talvez não queiras afinal dizê-lo,
Talvez passes a mão no meu cabelo,
Talvez não pense em ti talvez me esperes.

Talvez, sendo isto assim, fosse melhor
Falhar-se o nosso encontro por um triz
Talvez não me afagasses como eu quis,
Talvez não nos soubéssemos de cor.

Mas não sei bem, respostas não mas dês.
Vivo só de murmúrios repetidos,
De enganos de alma e fome dos sentidos,
Talvez seja cruel, talvez, talvez.

Se nada dás, porém, nada te dou
Neste vaivém que sempre nos sustenta,
E se a própria saudade nos inventa,
Não sei talvez quem és mas sei quem sou.

8 de março de 2012

A Noite Escura da Alma

O sentir tem o poder inexorável de quase possuir a alma do outro sem que ele assim se determine...E neste cenário dizer sobre esse sentir pesa na língua da alma



A noite sombria da alma (São João da Cruz)


Em uma noite sombria / A chama do amor estava a arder em meu peito
E, no clarão de uma lanterna / Fugi de casa enquanto todos dormiam

Encoberto pela noite / e pelo meu destino incerto rapidamente corria
O véu ocultava os meus olhos / Enquanto todos em casa repousavam como mortos.

– Refrão:
Ó, noite, tu fostes o meu guia
Ó, noite, mais adorável que o nascer do sol
Ó, noite, que uniu o amante à amada
Transformando cada um deles um no outro.

Adentro esta noite nevoenta / Em segredo, para além do espectro mortal
Sem um guia ou luz / Senão a que ardia tão profundamente em meu coração.

Esta chama que me guiava / Com brilho mais claro que o do sol do meio-dia
Para onde ele aguardava, imóvel / Era um lugar onde ninguém mais podia chegar

- Refrão

Dentro do meu palpitante coração / Que se guardou inteiramente para ele
Ele mergulhou no seu sono / Debaixo do cedros, todo o meu amor eu dei

E, pelos muros da fortaleza / O vento roçava seus cabelos contra a sua testa.
E com sua mão macia / Acariciava todos os meus sentidos possíveis

- Refrão

Eu me entreguei a ele / E repousei minha face nos seios do meu amor
A inquietação e a tristeza turvaram-se / Enquanto na névoa da manhã fazia-se a luz / E lá elas dissiparam-se por entre os belos lírios.