17 de janeiro de 2010

a voz e o silêncio

quando tua voz acaricia meu silêncio
sinto o frescor que ascende saudades
um temor que receia o adeus
perscruto nas palavras a lentidão
que retarda os gestos de aproximação
é quando mesmo não querendo
preenchemos a distância com abismos
na intimidade que nos une de vazios
mergulho no que sentimos
e penso sobre o absurdo
de aceitar esta ausência perene de ti


© Clivânia Teixeira

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