23 de janeiro de 2010

O dom da renovação

mãos inquietas esculpem saudades
o pensamento é um rio a correr
lentamente como um sonho
mergulha o oceano de mistérios
num suspiro se alivia
o abismo do ser interior
e tudo se traduz na certeza
que é neste encontro
a essência de toda a paz
solitários ou não
toda ausência nos acompanha
célula a célula envelhecemos
tudo o que temos são quimeras
resta-nos um olhar mais ameno
às perguntas sem respostas
o não esquecer e o perdoar
quando o verbo é reciclar
e nesta confusão crescemos
sem mais escalar as razões
voamos ávidos de amanhecer
e antes que tudo escape
escrevemos mais um poema

© Clivânia Teixeira

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