23 de janeiro de 2010

repente poético

não sou poeta a fingir poesia
ou apenas versos que sabem a dor
sou metáfora e verdade nua
ante os olhos que sabem ler
sou subterfúgio e entrelinhas
sem rimas para espantar a dor
seja lá dor de saudade
seja lá dor de repente
por que sei que já faço tarde
estes versos que escrevo triste
noite afora uno as estrelas
e confusão de lua a cometer poesia
pois quem sabe da dor que conheço
conhece da dor que não sei fingir

© Clivânia Teixeira

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