17 de janeiro de 2010

versos de sabá

na terra que me abriga os pés
jorra a poesia líquida
nas veias do existir
neste reino que não habitas
componho o ato
que antecede a unificação
escrevo os versos
que beiram o sonho
onde ânsia e desespero
não atormentam a espera
por que és da pergunta
a resposta do inesperado
és o por vir
que me pertence
és do olhar da alma
a visão divinal
és o mantra existencial
do meu eterno amanhã
és o essencial do sonho
que me sopra enquanto durmo
a memória dos segredos
que me unem a ti

© Clivânia Teixeira

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