17 de janeiro de 2010

amar, a quintessência da alma

respirar a essência do sentir
e falar das sensações
do enlace que não sabe o toque das mãos
neste momento em que guardo das palavras
os segredos do indizível
de que jeito dizer no verso
sobre o aconchego do ninho
sem a força do abraço
ainda assim vens
com o requinte do imponderável
como um botão que desabrocha
dissonante da flor que o acompanha
é tanto o encanto que sorrio
Apequeno-me na glória de te pertencer
e assim ínfima recosto-me
neste peito que sabe
as coisas bonitas do imaginário
és perene e me permaneces
e destes absurdos que só os poetas dizem
digo-te és para sempre
nesta quintessência de infinitos
eu te perduro numa forma universal
onde o corpo é o intangível
afinal é na alma que te tenho
assim como o som da criação
riscas-me em traço célere
na unidade da emoção
o apelo que aquece as formas do íntimo
é este calor que me molda
é neste ser que arde em essência
que me transformas
fazes-me sentir viva e feliz
pois és todo o céu
que preciso haver em mim
é na paz do firmamento
é unindo as estrelas
que ainda soletro o teu nome

© Clivânia Teixeira

Nenhum comentário:

Postar um comentário